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Vagner Vainer Teixeira Braz
Pontes e Lacerda / MT

 

Nosgalgia move enleios

 


Era uma tarde chuvosa, saí da Universidade e passei no supermercado para comprar umas cervejas.  No departamento, achei só umas meras latinhas e, todos com tom de desprezo. A solidão é para todos, uma hora ou outra acontece, não adianta contestarmos. No momento, eu prevaleci de devaneios, tentando imaginar o sentido de estar só. Parei o tempo. Olhei para elas. Garimpei, e essa atividade não foi fácil, escolhi as mais apresentáveis, conseguindo apenas oito, cada uma com algum sintoma de embriaguez.
Há dias que não estamos organizados a dialogar e escolhemos as brigas rotineiras. Nosso namoro foi frágil, assim como, o casamento ou relacionamento também o é. Não se deve pensar só na parte física, mas sentir a parte a-física, articulando um entrosamento entre as almas. As palavras empregadas golpeiam nossos sentimentos, se não as usarmos adequadamente. Coexistir é adubado para encaixar a construção do amor, que devemos ter um com para o outro.
Numa retrospecção, percorreremos que nenhuma pessoa sente saudade por meramente uma lembrança psicológica. Os desentendimentos acontecem por trivialidades, como, por ignorância ao argumento contextualizado pela eloquência de outrem, por não lavar a louça do almoço ou jantar, por esquecer-se de respeitar o espaço de expressão do outro. Não é o duelo que conduz a Mulher e o Homem a discussão, entretanto, a postura, que funciona o crive penoso e saturado, sendo veiculado na postura de um enunciado ou discurso oblíquo, desaforado, enérgica que alanceia o orgulho e o preconceito. Fácil é entrar numa arena de gladiadores, complexo é abdicar a postura.
Hoje, eu entendo a falta que você me faz, fazendo-me sentir culpada por não ter te respondido a sua mensagem antes de dormir. No entanto, ao amanhecer, pensei que isso seria uma ação melancólica. Desculpe-me. Perdoe-me. Estava muito cansada e, compreendo e até imagino os seus sentimentos e vivo-os também. Porque, qualquer que seja o relacionamento, o sentido de amar é a liberdade de concepção e companheirismo. Estamos em uma a travessia, um processo de construção, e por esse ideal motivo, (eu) Giulianna, vivo a liberdade de proferir que Te amo, todavia, como meu amigo, isso se posso usar tal asseveração.

 
 
Conto publicado no livro "Contos Selecionados de Grandes Autores Brasileiros" - Maio de 2016