Minha adotada cidade

Minha linda, a amo tanto,
sua orla, sua alegria, sua cor,
como a conheço, e a respiro,
apesar dos encantos,
sei que sofres.

Sofres por sua gente a mendigar,
sofres por sua gente a morrer,
sofres por sua gente amedrontada,
silenciada pela opressão do dia-a-dia,
sobretudo em sua periferia.

Flagelo, hipocrisia, ignorância,
dura realidade, tristes dias,
o poeta dos escravos estaria
gritando com sua poesia.