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Valmari Santos Nogueira
Salvador / BA

O sapo relutante

Todos os dias o sapo coaxa na lagoa
Ali ele é soberano e desfruta de vida boa
Mas, os governantes querem construir uma ponte
Sobre a sua morada
O sapo, apreensivo e resoluto
Usando seus poderes batraquiais absolutos
Coaxando disse: a ponte sobre a lagoa não sai!
Alguns humanos comoveram-se com a desdita do anuro
Tomaram partido
Arvoraram-se seus protetores...
O sapo, depois dessa aliança, coaxa mais seguro
E promete lutar por sua morada, a vida inteira
Os governantes, perplexos, diante dos insucessos
Na consumação da empreitada
Dizem que o sapo e seus protetores atravancam o progresso.
E querem ver até quando eles resistirão nessa luta
Mas, o batráquio na defesa de seu habitat
Não está de brincadeira!
A lagoa representa para ele, o passado, o presente e o futuro
Razão por que, desfraldou essa bandeira.

 


 

 

 
Poema publicado no livro "De Verso em Verso" - Edição Especial - Abril de 2015