Francisco Rodrigues Gonçalves
Orindiúva / SP

 

 

Mulato

 

           

     Mulato era o apelido de um jovem pobre nascido numa terra de gente trabalhadora. Convivia com vaqueiros que enfrentavam os espinhos da caatinga à procura do gado e com os lavradores que trabalhava com fé e coragem, e que apesar das dificuldades não desanimavam.
    Numa tarde de Domingo, Mulato percorria os caminhos da terra natal, quando percebeu que tinha um animalzinho frágil caído entre os cactos e muito ferido. Mulato aproximou do local e percebeu que era um cachorrinho, carinhosamente pegou o animal e o levou...
Em poucos dias o animal estava sadio e forte, correndo e latindo em volta do quintal. O cachorro tornou-se um amigo inseparável de Mulato, por onde ele ia lá estava o animal.
   Com muito trabalho e fé em Deus, Mulato conseguiu comprar um sítio à beira de um rio temporário. Certo dia, às margens desse rio, o cachorro começou a farejar o chão, com ansiedade, querendo dizer algo ao dono.  Mulato cavou o chão para ver o que tinha ali e depois de cavar muito encontrou algumas pedras até então desconhecida para ele, mas que depois de buscar informações (mas sem revelar o motivo) soube que aquelas pedras eram ouro.
   Mulato ficou rico com a ajuda de um cachorro amigo que ele encontrara caído entre os cactos quando ele percorria os caminhos de sua terra. Portanto, não despreze um verdadeiro amigo, ele vale ouro. Lembre-se de que colhemos sempre o que plantamos.

 

 

 
 
Poema publicado no livro "E agora, Bob?"- Edição Especial - Maio de 2017