EDITORIAL
"Carta aos Jovens"
Gláucia Helena - fundadora da CBJE
Vira-e-mexe, a humanidade se depara com uma nova guerra. Tanto nas "ditaduras" como nas "democracias", os jovens acabam sempre sendo convocados para matar e morrer por ideais que, na realidade, nunca foram seus. E o pior, eles são convocados, em nome da honra, da liberdade e da soberania de seus países. (Quanta covardia!...)
O que os jovens do mundo inteiro precisam saber é que nenhuma guerra é digna. Todas - absolutamente todas as guerras - servem exclusivamente a interesses econômicos, mascarados por um ilusório patriotismo. Todas as guerras têm o mesmo "roteiro" ignóbil. Para satisfazer a vaidade e a ganância de lucros de meia-dúzia de "especuladores", "falsos líderes" não regateiam em expor seus jovens - principalmente os pobres - ao confronto sagrento no campo de batalha. A vida de um jovem, para esses canalhas, tem o preço de uma bala de fuzil na cotação do dia. Podem acreditar nisto! Jovem, está na hora de dar um basta! Recuse-se terminantemente a pegar em armas para matar outro jovem que, como você, também têm sonhos e canta canções, e cuja única desventura é ser liderado também por um crápula. Jovem, cabe a você levantar sua bandeira - branca ou colorida, não importa - e fazer a sua paz. Tome-se da mais santa coragem e grite para quem quiser ouvir: "Eu não faço a guerra! Eu só faço a paz!" GUARDE ISTO: Sempre que você ler no jornal ou vir na tevê que esta ou aquela nação está sendo invadida ou invadindo um território que não é seu, creia que há interesses econômicos espúrios por trás dos panos. Seus soldados (jovens e quase sempre pobres) são induzidos a matar e a morrer em nome da "pátria", mas na realidade estão sendo levados a matar e a morrer para defender os interesses de meia-dúzia de crápulas que querem ter ou assegurar mais poder e mais dinheiro
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