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ENTREVISTAS
Entrevistas exclusivas com autores renomados, publicados nas antologias da CBJE nesses 21 anos de existência. Conheça suas histórias, suas obras e veja seus depoimentos.


Nilda Dias Tavares

Quem sou
Sou uma romântica incurável, que adora literatura, poesia, música, teatro e todas as formas de Arte. Sou uma "Mamãe Ursa" na defesa da minha família. Sou uma pessoa alegre, alto astral, que jamais perde a esperança de dias melhores. Amo os meus amigos e adoro animais. Enfim, sou uma pessoa muito feliz. Nasci no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. Sou autodidata. Sou comerciante há mais de trinta anos.

Como tudo começou
Já na adolescência, eu escrevia poesias para falar dos meus sentimentos. No colégio, venci vários concursos de redação, e devo ao meu falecido pai, o incentivo para escrever e o fato de amar os livros. Casei-me muito nova e "deixei para depois" o sonho de escrever meus contos e poesias. No ano de 2004, após o casamento da minha filha caçula, comecei a escrever poesias num caderno comum. Meus filhos viram, gostaram e me incentivaram a escrever com seriedade. Assim, fiz um curso de "Internet Para a Terceira Idade" no SESC, ganhei de presente do meu marido, um computador e uma impressora e comecei a participar de concursos de poesias, ganhando alguns prêmios literários.
Tive a minha maior emoção, ao ver publicada pela primeira vez, pela CBJE, uma poesia de minha autoria intitulada: "Legado de Deus". Isso foi em setembro de 2005. Hoje tenho vários textos: contos, crônicas e poesias, publicados. Acredito que escrever é um dom que deve ser estimulado. As crianças devem ser incentivadas a escrever, a ler, a cantar, a representar etc... Penso que as Artes deveriam constar do currículo das escolas, desde muito cedo. Acho que muitos talentos se perdem por falta de estímulo. Para mim, escrever também é uma necessidade. Externar meus sentimentos em forma de poesias, é uma terapia. Arte é uma forma de exprimir os nossos anseios, as nossas angústias, nossos medos e até as nossas alegrias. Eu gostaria muito de saber cantar, representar, pintar, transformar a pedra bruta em uma peça de escultura. A arte em geral, é emocionante.

Compromisso com a realidade
É inevitável que em alguns dos meus textos, surjam "toques" das minhas experiências vividas. Meus sentimentos estão contidos nas minhas poesias. Sendo assim, retratam as minhas verdades, mas, também as minha fantasias, que são muitas. Creio que todo autor deve estar compromissado com a realidade. Não somos alienados por sermos poetas! Temos, sim, um compromisso com a nossa Pátria, com o nosso Mundo, com a nossa Gente! Temos que escrever sobre todas as coisas erradas. Denunciar abusos! Escrever sem cessar, sobre os países cuja população morre de fome! Mas, se pudermos escrever sobre tudo isso, com uma pitada de esperança e fantasia, encheremos o mundo de poesia!

Meus preferidos
Gosto de diversos autores: Victor Hugo, Eça de Queirós, Jorge Amado, Zelia Gattai. Adoro Mario Quintana, Cecília Meireles, Carlos Drumond Andrade e J.G.de Araújo Jorge. Um dos livros que eu mais gostei, foi "O Médico de Stalingrado" de Hans G. Konsalik. De tudo o que eu já li até hoje, acho que o que mais me impressionou foi "Guerra e Paz".

A CBJE
Conheci a CBJE por acaso, navegando na Net. A CBJE teve uma importantíssima participação no meu crescimento como autora. Foi através da CBJE, que eu pude ver os meus textos publicados e fazer uma análise do que estava bom e do que poderia ser melhorado! Devo a CBJE os mais intensos sentimentos de realização pessoal.

Um conselho
Aos novos autores, eu diria: Não desistam dos seus sonhos! Nunca é tarde para realizarmos os nossos "mais malucos" desejos. Escrevam e publiquem seus escritos. Não deixem seus textos guardados em uma gaveta! Não deixem seus sonhos aprisionados!
...
Espectro de mim
Era uma noite clara, em que a lua parecia um gigantesco e mágico lustre de cristal.
Indiferente à minha dor, ela, a lua, dançava alegremente entre as nuvens brancas do céu. Eu queria gritar, mostrar ao mundo inteiro a minha dor, mas o meu grito ficou preso, dilacerando minhas entranhas. O desespero fez-se febre.
Como viver sem você, se a minha vida era o reflexo da sua? Como não sentir mais a sua mão acariciando o meu rosto? O seu sorriso iluminando meus dias? O seu olhar apaixonado a me dizer: Te amo!
A covardia tomou conta de mim. Eu era somente um esqueleto, sem vida, sobre a cama. Ah! Como eu queria que o tempo parasse, que o mundo acabasse e que a vida no planeta fosse definitivamente extinta! Meus lençóis, meu túmulo! Mas...
Sobrevivi! Recomecei! Revivi!
Sigo pela vida sem você. Procuro inutilmente o seu perfume. Onde está aquele sorriso que iluminava a minha vida? O seu jeito ao ler o jornal pela manhã? O seu beijo de boa-noite? Eu odeio as noites de luar! Quase posso ouvir as gargalhadas da lua invejosa, zombando da minha dor! Eu queria uma noite chuvosa, escura e fria! Espectro de mim, sigo meus dias entre lembranças antigas e fotos amarelecidas pelo tempo.
Refugio-me entre as páginas de um álbum de recordações. Choro... Choro... Choro! Morro em vida!
Porque ainda amo você!

Contato:gitana45dias@yahoo.com.br



Nilda lançou pela CBJE, em setembro de 2008, o seu livro "Um Toque de Romantismo"