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ENTREVISTAS
Entrevistas exclusivas com autores renomados, publicados nas antologias da CBJE nesses 21 anos de existência. Conheça suas histórias, suas obras e veja seus depoimentos.


Mario Rebelo de Rezende

Eu sou...
Sou natural do Rio de Janeiro, nasci num lugar chamado Coelho Neto em 24 de outubro de 1952. Naquela época ainda existiam por lá muitas áreas cobertas por vegetação, pequeno animais como pássaros, insetos, como gafanhotos e borboletas, raros hoje em dia nas cidades. Quase todas as manhãs estava lá, ainda, o sereno, coisa que meus filhos não conhecem. As crianças brincavam na terra, um grande espaço que a natureza oferecia para, em conjunto com ela, usar a imaginação em compensação àquilo que a tecnologia, hoje, no futuro, oferece aos meninos e meninas. Tenho certeza que a minha infância, bem vivida, contribuiu para eu adquirir a capacidade de imaginar, de sonhar e viver com intensidade, condição indispensável para ao menos tentar ser um poeta ou escritor.
Hoje sou casado e tenho quatro filhos. Adquiri formação superior em três áreas diferentes, Administração e Ciências Contábeis e por último Psicologia. Nenhuma delas tem relação com a escrita, apesar de, sem dúvida, todos os anos de estudo contribuírem para aumentar a capacidade de raciocinar, eu penso, como um exercício mental. Acho que a arte é a forma que o indivíduo encontra de mostrar o seu interior, as ações do homem expressam o seu conteúdo, e cada um vê de acordo com o seu próprio. A arte é construída assim, de dentro para fora e todo o exterior em interação é subsídio para a criação. O dom está guardado e de repente, simplesmente, se revela assim como uma flor.

Meus primeiros escritos...
... foram frutos de inspiração no processo de mutação da fase adolescente para a adulta, época dos muitos festivais estudantis, então vieram em forma de letras de música e delas, para a poesia, foi um passo.

Realidade, fantasias e desejos
Sou amante da mulher por natureza e da natureza por ser filho dependente dela e desse triângulo, geralmente resultam os meus textos, e neles se confundem a realidade, a fantasia e os desejos em ficção sem compromisso, escrevo porque gosto.

O que gosto de ler
Eu leio freqüentemente.É uma forma de, assim como escrever, enriquecer o vocabulário para poder traduzir melhor o que vai no pensamento. Gosto muito de Vinícius de Morais e Mario Quintana na poesia. Nelson Rodrigues é uma fonte riquíssima e José Mauro de Vasconcelos que soube transmitir como poucos o que ia no seu íntimo. É dele um dos mais belos romances que li, Rosinha Minha Canoa, tal a singeleza e simplicidade das palavras. Me marcou muito a dedicação e o prazer de se dar para alguém de quem se gosta sem medir esforços e conseqüências, por amor fraternal em o Caçador de Pipas, de Khaled Hosseini.

A CBJE
Eu conheci a CBJE através de uma autora que mostra seus escritos num site de poesia. Informou ter participado de uma coletânea de poesia publicada pela Editora. Foi um grande achado, o incentivo que aqui se dá é louvável, eis que procura divulgar o nosso trabalho para um público maior, além de contribuir para a educação, quando direciona exemplares das coletâneas para as bibliotecas públicas que dessa forma deixa de se restringir ao nosso âmbito. É uma forma, também, de encorajar aqueles que escrevem às vezes timidamente, geralmente desconhecidos como eu, a darem a oportunidade a outro de ler, imaginar, pensar, baseado na sua experiência. Tive então a grata oportunidade de participar de oito coletâneas diversas publicadas com o trabalho dessas excelentes pessoas a quem eu sou muito grato.

Um conselho aos jovens autores
Eu diria àqueles que estão começando, que procurem ler a experiência de cada um intrínseca em cada verso e aprimorar a escrita e a linguagem, isso é fundamental. Depois deixar fluir e registrar, bem inspirado, o que vai pela sua imaginação.

Contato:mariorrezende@yahoo.com.br