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ENTREVISTAS
Entrevistas exclusivas com autores renomados, publicados nas antologias da CBJE nesses 21 anos de existência. Conheça suas histórias, suas obras e veja seus depoimentos.


Ronaldo Honorio

Quem sou
Ronaldo Honório, simplesmente. Sou natural do Rio de Janeiro, onde resido desde que nasci. Minha curiosidade pela Filosofia e Ciências Humanas, e pelas atividades inerentes aos ofícios de profissional de Recursos Humanos, definem os meus caminhos por um maior entendimento da complexidade que é a mente e os propósitos da vida. Sempre gostei de escrever desde a adolescência e precocemente associei-me a organismos internacionais culturais, onde em alguns dos quais escrevi e cedi direitos autorais de artigos que tratam sempre do pensamento e do comportamento a respeito das ações humanas como um todo. Estou com projetos para o primeiro livro ainda este ano e outro no seguinte

Meu interesse pela Literatura
Penso que tudo é um dom; seja ele genético, ou como acreditam muitos uma dádiva Cósmica. Os meus interesses pela poesia e literatura, em geral, permeiam essas dimensões. O diálogo interior que travei, e que nós travamos, com o autor de uma obra, certamente é um processo imprescindível para a formação de um escritor; essa dinâmica, com a leitura de alguns clássicos romancistas e poetas nacionais e internacionais, cedo me despertou o ímpeto de registrar meus pensamentos. A expressão de nossos pensamentos, essa ação fantástica que possuímos, é a pura Arte Maior do ser, a Alquimia da mente que é capaz de transformar uma tempestade de elétrons no cérebro em grandiosos degraus para o aperfeiçoamento da humanidade.

Relação entre minha vida e minha obra
Existem mil e uma concepções sobre qual o teor ou não do engajamento do escritor e sua obra. Pura fantasia ou simplesmente uma necessidade de apreensão da realidade? Fato é que tudo anseia por um sentido que ganhará sua relativa explicação mediante uma série de probabilidades futuras ou necessidades. Assim acontece com obras de ficção científica que cedo ou tarde acabam tendo alguns de seus elementos, tido como fantásticos numa certa época, mas perfeitamente realizáveis em outras futuras. A liberdade criativa de um autor não seria genuína se houvessem padrões quaisquer que ditassem seu processo. O autor quando cria, direta ou indiretamente, por mais fantasiosa que seja sua obra, os elementos que a compõem sempre permearão uma realidade.

Meus preferidos
Eu confesso que cometeria injustiças ao revelar meus autores preferidos; são muitos, e a cada ano sempre surgem novos que me surpreendem. Mas em relação às referências, cito Fiódor Dostoiévski, Herman Hesse, Jean-Paul Sartre, Khalil Gibran, Machado de Assis, Augusto dos Anjos, Graciliano Ramos, Clarice Lispector, Dante Milano, Gilberto Freyre, Antoine de Saint-Exupéry, entre tantos outros... A lista seria enorme, mas esses me marcaram precocemente. Obras como ‘Crime e Castigo’ de Dostoiévski, ‘Vidas Secas’ e ‘Angústia’ de Graciliano Ramos e ‘O Pequeno Príncipe’ de Exupéry, são obras que me marcaram profundamente.

A CBJE
O encontro com a CBJE se deu por meio de contatos com diversos outros escritores e poetas. A existência da CBJE está tendo enorme relevância no processo de projetos que estou traçando como autor, fato que deixo sempre explícito na minha conversa com outros autores.

Um conselho para quem está começando
Acreditem em si, como disse William Shakespeare, “somos feitos da mesma matéria dos nossos sonhos”. Definam seus rumos literários. Não dêem ouvidos às criticas sombrias e não se deixem adocicar pelos elogios; sigam num processo genuíno, sincero e de aperfeiçoamento contínuo de seus projetos. Atentem para tudo o que lêem, mantenham a mente aberta sempre
Deixo, aqui, o meu poema de estréia na CBJE, ‘Neve sobre o mármore’, do qual tenho recebido inúmeros comentários (questionamentos, digo mais precisamente) sobre suas linhas e interpretações, o que considero muito salutar na dinâmica que se cria entre autor e leitor.

Nutre a minha alma vespertina
Por onde anda a déspota luz
que imersa em meu quarto
não mais me excita, não mais me seduz?

Não posso sussurrar, nem pensar
Deite suas lágrimas sobre o caminho
Beba o suor selvagem do teu segredo
Mas não seque seu sangue no meu linho

limpe a neve sobre meu mármore
Incinere meus fracassos e vá dormir.
Não mais a luz, nem as sombras a me cansar
Não mais seu amor a me exaurir.


Contato:honorwald@yahoo.com.br
Blog:http://ronaldohonorio.blogspot.com/





Ronaldo lançou pela CBJE, em 2008,
o livro
"Onde Guardarei estes Oceanos"