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Entrevistas exclusivas com autores renomados, publicados nas antologias da CBJE nesses 22 anos de existência. Conheça suas histórias, suas obras e veja seus depoimentos. |
Andre Luis Oliveira de Santana Quem sou eu Sou jovem, negro, estudante de Ciências Sociais e moro em Salvador. Adoro poesia. Estou sempre procurando atribuir um sentido a minha atividade particular de escrever. A literatura em minha vida Sempre fui interessado e próximo à leitura. Sempre tive acesso a livros e biblioteca. Logo na minha infância pré-escolar recebi estímulos. Meu primeiro livro foi Pequeno Pássaro Frio – que só viria a ler anos mais tarde – e minha primeira leitura efetiva foi Ali Babá e os Quarenta Ladrões. Um livro impulsiona outro. Mais tarde viria a ler Homens e Caranguejos, obra que marcou minha vida. Relação minha vida / minha obra Comecei a escrever, digamos por dor de cotovelo. Minha procura pela poesia começou pelo canto ao amor, o típico trovador. Depois fui iniciado à poesia, a história e teorias da literatura, fui inovando meu saber. Surgiram questões novas... quando seria válido utilizar o recurso da rima, da métrica; a busca ou não por temáticas recorrentes como a trovadoresca; a adoção de um compromisso sóciopolítico sem subtrair a função estética da arte. Autores preferidos Sempre gostei de ler, especialmente poesia. Admiro muito autores como Drummond, Vinícius, Damário Dacruz, Quintana, Sartre, Josué de Castro e outros. Esse contato desde cedo com a leitura me deu formação e referência para escrever. A CBJE Com o interesse de publicar minha obra, descobri a CBJE, que possibilita ao jovem escritor um caminho alternativo ao grande mercado editorial. Devido a uma lógica mercadológica e a pouca tradição de letramento dos brasileiros, as editoras não investem em novos autores. Apenas se dedicam a compilação, edição e reedição de autores consagrados. Tal postura exclui potencialidades e talentos e não inova a produção literária brasileira. Sendo assim, a CBJE despertou minha simpatia pela sua proposta. A arte é feita pra ser comungada, não engavetada. Para quem está começando Me considero também como iniciante. Mas vai aí um pressuposto que sigo: a arte de escrever não é feita apenas para dizer, mas como dizer. Temos os poetas a atenção de escrever de forma inovadora e estilística, inclusive podemos subverter a linguagem nessa missão. Contato: andreluissimo@gmail.com |
pela CBJE, em 2009, o seu livro "Dis-posições" |