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ENTREVISTAS
Entrevistas exclusivas com autores renomados, publicados nas antologias da CBJE nesses 23 anos de existência. Conheça suas histórias, suas obras e veja seus depoimentos.


Letícia Faria Conde

Quem é você?
Eu sou uma pessoa ainda em busca de si mesma, sempre questionando e buscando respostas para questões sobre a vida. Quase sempre questionando demais, e aprendendo coisas que jamais poderia imaginar.
Em termos básicos: uma menina escorpiana nascida em 88, na cidade de São José dos Campos, mas que tem o sotaque carioca pela convivência com os pais que são do Rio de Janeiro.
Tenho livro solo publicado em Portugal, sou estudante que ama aprender (línguas é algo que eu amo, tenho fluência em inglês e espanhol e o básico de alemão e francês!). Eu amo a vida!

Como e quando você começou a se interessar por Poesia?
Comecei a escrever quando eu ainda era pequena, com meus 10, 11 anos em uma brincadeira, mas meu real interesse por Literatura começou aos 14 anos com uma professora que tive no primeiro colegial que me fez acreditar em mim mesma ainda quando eu escrevia coisas típicas de uma adolescente apaixonada! Seu nome é Elizete, se bem me recordo. Até hoje não tive oportunidade de agradecer a ela. Creio que aquele foi um momento decisivo e, além de meus amigos, ela foi a pessoa que me ensinou a amar as palavras que eu mesma escrevia conectando-as a momentos da história da literatura e ajudando a conhecer melhor os estilos e formas tão diferentes e únicos de se expressar, dando voz a todo um interior desconhecido de mim mesma. Gostaria de também falar sobre outros professores que tive, apenas agradecimentos, porque eles foram verdadeiros pilares para que eu chegasse até aqui: Naul – minha Eterna gratidão!, Fernanda – meu carinho multiplicado a cada dia!, Jussemy – pela oportunidade de aprender sendo sua ajudante, Táucio – ele que sempre me comparava a Florbela Espanca, minha mais adorada poetisa. Quanto a outras pessoas que me foram professoras e me fizeram amar cada vez mais a língua, as palavras e a literatura, como amigos e familiares, seria injusto citar somente alguns, e citando todos esta resposta seria imensa. Deixo apenas meu amor e gratidão...

Como é a relação que você identifica entre a sua vida e a sua obra?
Minhas palavras são minha vida, são autobiográficas, porque mesmo que use a terceira pessoa e conte uma história que aconteceu com alguém, ainda assim transbordo a imagem que tenho de mim mesma e dos fatos. É quase como uma fantasia. Creio que meus textos reflitam esta forma abstrata dos pensamentos por eu ver a vida desta maneira. Minhas palavras são os sonhos revelados dentro de mim mesma quando estou acordada.

Quais são seus autores preferidos?
Definitivamente Fernando Pessoa - para mim ele é o gênio da literatura, tenho a coleção dele inteira graças a minha mãe: Obrigada, mãe, por essa herança tão inestimável - e Florbela Espanca - eu li e copiei para meus antigos caderninhos quase todos os poemas dela, creio que foi a autora que mais me influenciou. Lê-los sempre me foi como combustível para a alma! Hoje estou a me apaixonar por Mário Quintana. Apesar de acreditar que já nascemos apaixonados por certas pessoas...

A CBJE
Eu conheci a CBJE através de um site, nem mesmo me lembro ao certo qual, que anunciava livros de cá. Foi amor à primeira vista! Mando meus textos todos os meses. Creio que a atuação da CBJE com os jovens autores brasileiros é excelente e de grandíssimo profissionalismo. Criam-se oportunidades que não se encontra no mercado hoje. Para mim, por exemplo, serve como um enorme incentivo até mesmo para continuar escrevendo. Comecei a fazer contos para mandar e tentar ser selecionada. Até então nunca tinha feito um! Esta é a maior colaboração da CBJE para nosso país - cultura! -, empreendedores - que, tomara, futuramente possam criar oportunidades através de idéias como esta - e para os escritores - que se sentem apoiados e incentivados por uma iniciativa tão bonita e que principalmente tem compromisso e dá certo! Parabéns à CBJE e seus autores!

Que conselho você daria aos que estão começando na carreira?
Para quem começa uma carreira creio que não há muitos conselhos. Carreira é algo que se constrói durante toda uma vida e eu mesma ainda não tenho uma. Mas uma coisa que sempre digo para quem começa a escrever ou quem tem vontade e nem mesmo pegou a caneta é que gênios que nascem dizendo maravilhas serão pouquíssimos! O objetivo não é escrever maravilhosamente bem, mas sim extinguir o medo que se tem de si, dos outros e da vida. Saber absorver críticas e crescer. E escrever, escrever, escrever... Sem buscar a perfeição... Ser um bom escritor está em saber captar a essência humana, saber dizer aquilo que todos sentem, e a perfeição nunca ninguém viu ou tocou. Ter as palavras certas é um estado de espírito. Por isso um verdadeiro poeta nunca deixa de escrever, para ele até sua morte é poesia.

E gostaria de deixar um enorme beijo e expressa a minha eterna gratidão e amor à minha família, aqueles que permitiram e me deram condições para chegar até aqui com todas essas conquistas. Amo-os!


Contato: lfaconde@hotmail.com