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ENTREVISTAS
Entrevistas exclusivas com autores renomados, publicados nas antologias da CBJE nesses 23 anos de existência. Conheça suas histórias, suas obras e veja seus depoimentos.


Albérico Silva de Carvalho

Quem é você?
Sou brasileiro americano, sagitariano, casado, pai de André e Leandro Carvalho, nasci em Salvador-Bahia em 09 de dezembro. Fiz vestibular em 1972 para Engenharia Civil na Universidade Federal da Bahia e cursei até o quarto semestre. Paralelamente ensinava Matemática em escolas particulares e cursinhos, oportunidade a qual me apaixonei pela docência e abracei a carreira de professor. Cursei Matemática na FTC e Tecnologia de Pequenas e Médias Empresas na Unopar. Atualmente ensino Matemática e Física e, curso Direito na Faculdade São Salvador no turno noturno. Sou simples, porém sem ser tolo ou ingênuo e, essa simplicidade decorre de um estado d’alma que não gosta das coisas muito complexas. Acredito piamente em Deus.

Interesse pela Literatura?
Durante o ensino fundamental, eu tinha o hábito de ficar rabiscando alguns versos e alguns colegas descobriram e passaram a me incentivar. Quando enegrecei no ensino médio, por estímulo dos mesmos me escrevi no concurso de poesia da escola, concurso este que me conferiu o segundo lugar, com a poesia Volúpia.
Daí por diante passei a escrever com maior frequência. Fundei com mais três amigos do bairro o Jornal A Coisa, que se propunha a tirar sarro dos colegas e dos vizinhos (sem ser pejorativo) e que foi bem aceito fazendo grande sucesso, falava de esportes e, na última página (eram quatro), apresentávamos poesias de autores tais como: Drumonnd, Cecília, Castro Alves e outros tantos escritores, momento em que eu me arriscava timidamente a colocar alguns versos de minha autoria.
E é desse período que se estende até os dias atuais que se intensificou o interesse da leitura e, alguns autores, tais como: Jorge Amado, Álvaro Alves de Faria, Ariano Suassuna, Clarice Lispector, Chico Buarque, Carlos Drumonnd de Andrade, Erico Veríssimo, Sarte, Becket, Stephenie Meyer, Shakespeare, Manjusha, compõeem um universo onde a literatura toma parte efetiva.

Vida e obra
Escrevo principalmente o cotidiano das coisas e das pessoas, suas dores, suas incongruências. Escrevo o que a vida me oferece sua poesia sem rodeios, os seus rótulos, a sua beleza, a alegria a natureza e tudo aquilo o que se coaduna comigo, escrevo o circo e me colo nesse picadeiro.
Meus escritos têm relação intrínseca com minha vida diária, vem da alma, procuro estar sempre atento e, escrever o que penso e que me ocorre como fantasia é bastante prazeroso e autêntico. Escrevo o que me vem da alma e o que dela sai, o que me incomoda o que me fere a sensibilidade, o que me faz chorar, o que me faz rir.
Falo da fome, da agonia do ser humano, da corrupção,
Das minhas agonias, do abandono, das minhas fobias...
Dos meus medos, das distorções gritantes,
Da seca, das promessas por ocasião das eleições, falo do amor, da poesia.
Das flores, das estações profícuas, da mulher gestante.
Falo da mãe e da sua preciosidade, do seu destemor.
Pois tudo isso se relaciona comigo de forma bastante efetiva.
Falo dos meninos de rua, das meninas gestantes..., falo do abandono.
Falo do descaso, falo das relações doloridas, da apatia, das lutas sangrentas.
Das distorções!
Falo das metamorfoses, falo do palhaço e assim me acho, nesse imenso picadeiro.
Falo de tudo isso que comunga comigo e essa relação é alento,
Falo do pão que nutri o corpo e sacia a fome, falo do alimento que nutre a alma.
Meus textos perpassam por tudo o que acredito, por tudo que me incomoda e serve de denúncia. Procuro imprimir neles a minha identidade, a minha personalidade e não se distância do que é minha vida, dos valores os quais acredito.
Há uma relação bem estreita entre minha vida e minha obra. Autores com quais me identifico
Gosto e identifico-me com as obras de Jorge Amado, Graciliano Ramos, Drumonnd de Andrade, Clarice Lispector, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Paulo Coelho, Cassimiro de Abreu, Gilberto Freyre, Mário Quintana, Monteiro Lobato, Machado de Assis, Manjusha, Stephenie Meyer, Divaldo Franco, Francisco Cândido Xavier e, essa identidade ocorre de forma natural e prazerosa.
Por exemplo, quando li Mar Morto, tudo era mágico para mim, a história de Lívia e Guma abriu-me as portas do entendimento das coisas que revelam o cotidiano daquela gente, que é esmiuçado com inteligência como por Jorge Amado. Mais adiante, O Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, chamou-me a atenção, a história do Major, um nacionalista exaltado e ufanista que romantiza o Brasil.
Macunaíma, o herói sem nenhum caráter de Mário de Andrade que procurou fazer um retrato do povo brasileiro me chamou a atenção pela criatividade. D
om Casmurro, de Machado de Assis, apresentou Bentinho e Capitu e a imaginação correu solta e, ainda corre no que leio e me identifico.
Viva o Povo Brasileiro ,de João Ubaldo Ribeiro, romance histórico que aventa sobre a formação da sociedade brasileira, saga de um povo que busca a sua identidade, são autores que aprecio pela forma que tratam as suas obras e tantos outros.
MÚSICA
A boa música. A música de Milton Nascimento, Djavan, Caetano Veloso, Chico Buarque, Gal Costa, Tim Maia, Elton Johnn, etc.

A CBJE
Tenho procurado na internet sites que proporcionem aos escritores amadores assim como eu, poderem mostrar as suas obras e, assim sendo andei lendo e postando alguns trabalhos em Verso e Prosa, Taba Cultural, O Melhor da Web, Talentos, Brasil Wiki e, que de certa forma têm proporcionado mostrar nossas obras de forma on-line e proporcionam podermos interagir com os demais escritores.
Para minha felicidade nessas andanças descobri a CBJE (um filão de ouro), que tem proporcionado aos jovens escritores, oportunidade ímpar, pois se trata de uma grande vitrine, cuja relação oportuniza, acolhe de forma simples e clara e, bastante verdadeira.
Na era da informação, as pessoas estão tendo oportunidades bastante importantes, coisa que não acontecia anos atrás e, no tocante a CBJE, as Antologias nos proporcionam de pronto que nossos trabalhos possam ser divulgados de forma mais precisa e com grande qualidade numa grande vitrine, como é a Câmara Brasileira de Jovens Escritores.

Aos que iniciam a carreira
Que antes de qualquer coisa sejam eméritos leitores.
E continuem fazendo o que gostam com discrição, persistindo no seu ideal e, procurem ser o mais verdadeiro possível imprimindo às suas obras a sua personalidade e não esmoreçam jamais.
E mesmo que, as críticas de início, sejam desfavoráveis, não desistam de forma alguma e acreditem no seu potencial, pois se vocês não acreditarem, não esperem que terceiros o façam e sejam sempre fies a tudo aquilo em que acreditam.
Escrevem o que gostam, sejam perseverantes e, mesmo que as primeiras pedras se apresentem no caminho, arrede-as com firmeza e sigam adiante, deixem à inspiração falar mais alto.
Estejam sempre atentos às oportunidades, deem asas à imaginação e, às fantasias, acreditem nos seus sonhos, sejam fidedignos e, não se afastem jamais dos seus princípios.


Contato: albericofisica@ig.com.br