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Entrevistas exclusivas com autores renomados, publicados nas antologias da CBJE nesses 23 anos de existência. Conheça suas histórias, suas obras e veja seus depoimentos. |
Agnaldo Garcia Quem é você? Sou um jovem garoto de 41 anos (embora meus filhos discordem pois eles me acham velho) que adora sempre estar aprendendo, acho que foi para isso eu vim a este planeta. Assim escrever que sempre foi um exercício relegado a segundo plano, tornou-se uma paixão recente que eu cultivo e procuro sempre melhorar a cada dia nesta arte. Formei-me professor de física pela USP de São Carlos em 1997 onde também conclui o curso de mestrado em Ciência dos Materiais em 2006 e depois atuei durante doze anos como professor de física no ensino médio na E.E. Dr. Pirajá da Silva em Ribeirão Bonito/SP. Atualmente trabalho como Coordenador Pedagógico de matemática na Diretoria de Ensino de São Carlos/SP. Tenho três lindos filhos, um garoto de dezoito e duas meninas de quatorze e nove anos e sou corinthiano doente...É isso... Como e quando você começou a se interessar por Literatura? Me lembro como se fosse hoje... Eu era um garoto e naquela época não tínhamos televisão. Então ganhei do meu tio uma quantidade considerável de livros e montei uma mini-biblioteca onde eu vivia enfurnado o dia todo quando não estava na escola. Daí veio o gosto pela leitura. Li os clássicos infanto-juvenis da literatura americana e européia que inundaram a minha imaginação de garoto. Anos depois lembro de ter lido, pela primeira vez, "Memórias Póstumas de Brás Cubas" na adolescência e fiquei tão impressionado que comecei a escrever um livro (é claro que não passei do terceiro capítulo). Também sempre escrevi poesia e tenho algumas de mais de 30 anos guardadas na gaveta... Como é a relação que você identifica entre a sua vida e a sua obra? Os fatos que ocorrem à minha volta e no meu interior são, sem dúvida nenhuma a matéria-prima de onde eu retiro os elementos para escrever. Então eu posso dizer que o que eu escrevo é uma tentativa de descrever como eu vejo o mundo e como eu me vejo também, por dentro. Também uso às vezes o ato de escrever para conversar comigo e com o mundo. É um jeito de refletir as palavras, é por para fora e observar que cor, forma e gosto elas vão tomando. Às vezes também é como fazer um vaso de barro, amassa daqui, amassa de lá até ficar no formato mais ou menos parecido com o que a gente imaginava no começo. Quais são seus autores preferidos? O mago Machado de Assis do qual já li N vezes as principais obras , o português Eça de Queiroz, o mestre do mistério Edgar Allan Poe, o gaúcho intimista Caio Fernando Abreu, os poetas Pablo Neruda e Vinicius de Moraes,... Como você conheceu a CBJE? Foi por acaso navegando um dia pela Net. Eu só posso agradecer pela oportunidade que vocês proporcionam aos jovens escritores de mostrarem o seu talento. A cada mês eu leio os contos publicados e fico impressionado com alguns escritos. Que conselho você daria aos que estão começando na carreira? Difícil já que eu também sou iniciante. Mas o que eu posso dizer é o que eu ouvi de um escritor consagrado, cujo nome agora não recordo. Inspiração é importante, mas sem trabaho duro que vem do ato de escrever sempre é fundamental para quem quer se tornar um bom escritor...Como o éscritor já consagrado acho melhor que alguém fique com o conselho dele, embora há dias em que as coisas acontecem comigo de maneira contraditória a este pensamento. Eu levanto com uma idéia na cabeça e de uma feita boto ela quase toda na memória do meu laptop. Depois é só lapidar umas lasquinhas e pronto. Mas tem dias que eu tenho que transpirar mesmo para escrever alguma coisa, embora aquela que sai de maneira espontânea sempre fique melhor... Contato: jabagarcia@hotmail.com |