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ENTREVISTAS
Entrevistas exclusivas com autores renomados, publicados nas antologias da CBJE nesses 23 anos de existência. Conheça suas histórias, suas obras e veja seus depoimentos.



Valdirene de Assunção Pereira

Quem é você?
Sou Valdirene de Assunção Pereira, tenho 37 anos, casada com Paulo Gilberto, mãe de uma linda menina chamada Paula Giovana, que também ama as letras.
Filha de Valdir e Adelaide Mari para quem agradeço pela vida, tenho dois irmãos: Valdir Júnior e Benhur, sou tia de Vitor Bernardo e Luíza Gabriela.
Nasci em Caçapava do sul/R.S e fui criada em santa Maria/R.S.
Estudei a 1ª série do primeiro grau(ensino fundamental) na Escola Estadual Rural Santa Barbinha, no interior de Caçapava do Sul/R.S, depois ingressei na Escola Estadual Pe. Rômulo Zanchi em Santa Maria/R.S, onde cursei até o 1º ano do segundo grau (ensino médio). Terminei o segundo grau (ensino médio), no Colégio Centenário, Santa Maria/R.S, trabalhei em um supermercado e logo após retornei a localidade do Santa Barbinha, Caçapava do Sul/R.S, onde lecionei para as séries iniciais em caráter emergencial (1ª a 5ª série do ensino fundamental), por dois anos, voltei á Santa Maria, para trabalhar em uma rede de supermercados.
Atualmente, moro juntamente com minha família, em Caçapava do Sul, onde me formei Tecnóloga de Processos Gerenciais, na Fatec - Faculdade à distância de Curitiba, onde exerço a profissão no Supermercado Alternativo, estabelecimento este do qual somos proprietários.

Sou...

Sou uma nuvem passageira e essencial,
Ou uma chuva torrencial.

Sou o pôr do sol, a tranquilizar,
E o sol que teima em raiar.

Sou o grito na garganta, tirando todo seu ar,
Sou o silêncio que teima em calar.

Sou o vôo de um passarinho, suave a planar,
Ou seu lindo pousar.

Sou uma brisa suave, banal,
Um tremendo venda(Val).

Sou eu mesma, intrínseca.
Autêntica e única.

Como e quando você começou a se interessar por Literatura?
Comecei a me interessar pela literatura, já nos meus seis anos de idade. N
as aulas de Mobral que minha mãe ministrava, encantava-me com as frases dos livros do Mobral, e foi iniciando meu amor pelas letras, eu queria saber tudo o que estava escrito nos livros e fui aprendendo durante aquelas maravilhosas aulas, depois na escola, no recreio entre uma brincadeira e outra, corria á biblioteca para pegar um livro e devorar quando chegasse em casa, ainda na escola ganhei o concurso a poesia : - Como vejo meu Rio Grande, poesia está feita em homenagem ao meu estado, com o passar do tempo fiquei um pouco afastada das letras, envolvida aos números em meu trabalho, no ano de 2009 um amigo sabendo que eu gostava de escrever convidou-me para escrever uns textos para o JC, na época Jornal de Caçapava do sul, agora Jornal de Campanha, logo após uma amiga, leitora assídua do jornal, convidou-me para participar do concurso de conto, promovido pelo Sesc/RS, Minha história no comércio, escrevi o conto: - Bom dia, Dona Maria, tirei primeiro lugar, resolvi voltar com tudo ao mundo encantado da letras, em 2010 participei do 1º Concurso de Poesia de Ônibus de Caçapava do Sul, com Menção Honrosa, participando com dois poemas: - Por Amor e Só em uma caixa de brinquedos...
Fiz este poema para definir o que sinto.

Os números e as letras

Os números,
Me alimentam o corpo,
Sustentam-me.

As letras,
Me alimentam a alma,
Encantam-me.

Com os números,
Trato tudo com a razão,

Nas letras uso,
Somente a emoção.

Como é a relação que você identifica entre a sua vida e a sua obra?
Sou eclética com relação aos meus escritos, escrevo sobre o cotidiano, escrevo fatos imaginários, invento personagens, deixo minha alma se expressar, escuto uma voz interior que insiste em me guiar, e assim vou tecendo as letras em um tear de palavras. Por vezes as lágrimas rolam ao meio de um poema ou conto que estou a escrever, e a emoção vai tomando forma em mim.


Quais são seus autores preferidos?
Érico Veríssimo, Luiz Fernando Veríssimo, Paulo Coelho, Moacyr Scliar, Mário Quintana, Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Moraes, Fernando Pessoa, Monteiro Lobato, Antoine de Saint Exupéry, Charles Chaplin e muitos outros.

Como você conheceu a CBJE e como você vê nossa atuação em relação aos jovens autores brasileiros?
Conheci a CBJE através da internet, fiquei muito feliz em encontrar um site preocupado com os jovens autores que muitas vezes deixam seus escritos guardados por falta de incentivo, dinheiro ou coragem.
A CBJE além de ser um grande incentivo para os autores que muitas vezes não dispõem de grandes somas para publicarem suas obras é também um lugar para que possamos fazer uma leitura de qualidade.

Para quem está começando...
Eu não gostaria de aconselhar, mas sim de incentivar para que leiam, leiam muito e escrevam muito também e a todos que têm seus escritos guardados, mandem para a CBJE, para que se possível sejam publicados, é uma sensação imensurável, ver um de nossos escritos publicados. Eu sou leitora assídua da CBJE, leio e releio diariamente poemas e contos que estão on line na página, sinto-me muito honrada em poder fazer parte desta família que me acolheu tão amavelmente.
Não desista nunca, um poeta não nasce feito, nem morre feito, é um eterno aprendiz, estilhaços de sua alma ficarão eternizados.


Fazendo o que mais amo

Sempre que me perco,
Me acho,
Envolvida em palavras,
Como se fossem lençóis,
A me enrolar,
Ou teias de perigosas aranhas.
Fico tão envolvida,
Que sinto faltar-me o ar,
A garganta se cala,
Mas a alma se liberta, e fala.
O papel branco,
Vai ficando,
A cada instante mais colorido,
A alma vai cantando,
E encantando meu ser,
Minha alma de poeta,
Toma conta de mim,
Vai me dominando,
Possuindo todo meu ser,
Fico presa nas palavras,
Que também me libertam,
E se me perco,
Então me acho,
Fazendo o que mais amo,
Escrever.


Contato: val_assun@yahoo.com.br
Blog: http://valencantospoesiaeconto.blogspot.com/ e http://oinvolucrodacrisalida.blogspot.com