José Luiz da Luz
Ponta Grossa / PR

Minha canção

 

Ninguém gravou a melodia,
do pássaro que se perdeu.
Que voou da flor da alegria,
o pássaro sou eu.

Foi-se ao lado escuro do sol,
onde a lágrima floresceu.
Misturaram-se no lençol,
a noite escura e eu.

Buscou uma réstia de luar...
no sonho em que se remeteu.
Mas estava perto do mar,
e tão longe do céu...

Há ventania na garganta,
que amedrontam o canto meu.
E a minha ingênua voz se espanta,
do pó que conheceu.

Ninguém tente abrir seus ouvidos,
para ouvir o que se perdeu.
Nós estamos emudecidos!
Minha canção e eu!

 

 
 
Poema publicado no livro "1º Festival de Poesias Românticas"- Edição Especial - Junho de 2017