André Luiz de Oliveira Pinheiro
Rio de Janeiro / RJ

Meu olhar nordeste

 

Serei apenas um sertão sem gado
Por onde a terra se rachou ao meio?
Em tudo eu creio sem nenhum receio
Que cada grão da terra é abençoado...

Seria então meus olhos um cerrado
De cujas terras do sertão permeio?
Num rio seco, o leito é um triste seio
Em busca vai do nunca desmatado...

E da caatinga pisarei no agreste
No vento eu vou à direção nordeste
Levando o sentimento meu, fragata...

No pensamento, voa a asa branca
Navego o meu olhar numa carranca
Do "Velho Chico" até a Zona da Mata...

 

 

 

 
 
Poema publicado no livro "1º Festival de Poesias Românticas"- Edição Especial - Junho de 2017