Alberto Magno Ribeiro Montes
Belo Horizonte / MG

 

 

As quatro estações da vida

 

(Nossa vida, assim como a Natureza, possui quatro estações…
E elas seguem a mesma ordem de aparição).

De repente, surgindo do nada
Aparece a primavera
Estação primeira da vida
Aurora da existência
Onde tudo é cor-de-rosa
Até as rosas são cor-de-rosa.

A adolescência é azul, como o Danúbio
É forte e inconstante, inquieta como o verão
Que muda repentinamente
Do tempo bom, de sol, para trovoadas…
Céu encoberto, coriscos em profusão
Tempestades de verão.

No outono da existência
A quietude do balançar e cair de folhas
Melhor período que esse não há
Nele todos os nossos sonhos e ilusões
Se realizam e imediatamente se desfazem.

A velhice, inverno da vida, também tem sua beleza!
Assemelha-se às cordas chorosas de um violino
A soltar no ar tristes alegres notas
É a hora de sorver o vinho tinto da vida…
Lentamente,  dolorosamente nas recordações.
Feliz quem VIVE e sabe VIVER todas as fases acima.

 

 

 

 

 
 
Poema publicado no livro "Grandes Nomes da Poesia Brasileira" - Junho de 2018