Neri França Fornari Bocchese
Pato Branco / PR

 

 

Meu Pai, Batizado de Celestino

 

O filho, caçula, de italianos
Com  15 irmãos, conviveu,
Sem a mãe amada, que partiu.
Jovem, bonito, trabalhador,
De honestidade, foi um Senhor.
Na Pátria de seus pais, voltou
Pela democracia, pela PAZ  lutou.
Foi um Pracinha Brasileiro,
Um valente soldado,
Um herói  de Arvorezinha.
Tal qual uma andorinha,
A sua cidade regressou.
Com a moça mais bonita, casou,
Com 4 filhos,  foram agraciados.
De um  caminhão, o sábio choffer.

Meu pai,  quanta saudade
Dos teus abraços,  das brincadeiras.
Até o prazer milenar de uma caçada,
Pelo mato, assustador e deslumbrante
Caminhando um dia inteiro,
Sem sequer fazer barulho.
Com alegria, ele nos proporcionou,
Um tempo, em que caçar era permitido
Era ainda, uma necessidade.
Muita saudade,

Das histórias que nos contou!

 

 

 

 
 
Poema publicado no livro "Grandes Nomes da Poesia Brasileira" - Junho de 2018