Roberto Antonio Deitos
Cascavel / PR

 

 

Manifesto humanitário

 

No egoísmo da guerra
A morte é premeditada,
Não há vida!
Na destruição
Da vida,
Não há paz!
Quando o ser humano
É subjugado
Há totalitarismo,
Não há serenidade!
Quando a liberdade
É uma expressão
Apenas de poucos,
Não há felicidade!
Quando o autoritarismo
É a medida dominante,
Não há liberdade!
Quando a exploração
É regra contratual aceita,
Não há justiça!
Quando a comida
É o motivo da morte
Anunciada pela miséria,
Não há igualdade!
Quando a vida
É subtraída como se
Fosse conta perdida,
Não há dignidade!
Quando a vida
Perde a dignidade,
Não há humanidade!
Quando a vida
Estiver em perigo,
Quando a humanidade
Estiver em perigo,
Quando a dignidade
Estiver em perigo,
A existência humana
Sempre estará
Comprometida,
Diminuída;
Seremos sempre mais
A lembrança
Do que não somos;
E o nada poderá
Tomar conta
Do mundo;
Talvez, já tarde demais,
Sem nós, os humanos,
Não haverá o que dizer...
A humanidade será
Apenas o passado
De um calendário
Que deixará de existir?...

 

 

 

 
 
Poema publicado no livro "Grandes Nomes da Poesia Brasileira" - Junho de 2018