Rozelene
Furtado de Lima
Teresópolis
/ RJ
Silêncio
da peregrina
Sou
peregrina sozinha
Com pensamentos usados e maltrapilhos
Idéias sem nexo correndo fora dos trilhos
Não quero uma resposta nas entrelinhas
Eu sou ou estou?
Preciso centrar e acertar meu viver
Para que vim e até quando...
Estou saindo ou chegando,
Trouxe ou não ferramentas especiais,
Aqui é só uma escala de viagens siderais,
Tenho tempo marcado e data de validade?
Só há este ou tem outro mundo.?
Morrer é para sempre,
Ou é apenas um sono profundo...
A descrença usa carapuças
Com o propósito de camuflar a verdade
O ruído rebatedor da ciência me aguça
Encorpando-a com o véu da complexidade
A natureza inteira soluça
Tantas teorias, teoremas e arranjos.
Quem tem a resposta correta não fala
Cientistas, sabedores, criador e anjos
A nata sábia amedrontada se cala
É uma busca infinda secreta
Há silêncio no vazio
Paz! Só uma voz sussurra
Nenhum som se atreve
A peregrina escreve
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