Brás Tenório dos Santos
Marília / SP

 

 

De caso em caso

 

De caso em caso sigo e sigo
Sem interlúdios, sem reclames,
à busca de um quê solene
à cata de um novo abrigo.

Do futuro não penso distante
o passado não levo em conta
me importa tão só o que vivo
e o que vivo já me é bastante.

Rasteiro, vazio, sem cor...
Vulgar, quem sabe, pareço.
Certo, porém, é que vivo
o que vive alguém sem amor.


 

 
 
Poema publicado no livro "Grandes Poetas Modernos"- Edição 2020 - Maio de 2020