Carlos Eugênio Sombra Moreira
Russas / CE
Enquanto desfalece um sorriso
As pétalas das rosas fecham-se para a vida
O lago junta suas margens, e a água se esvai
Não rega mais o jardim onde já floresceu alegria
Restando o torrão de uma existência que ali caminhou
O crepúsculo, que precede o amanhecer, se rende ao abismo
Fechando as portas do nascer de um novo dia
Enquanto um jovem desolado, não resistiu... e chorou...
Morre o alvorecer...
A tarde entristece na melodia de um solitário
flautista
Que clama de voz embargada e olhar choroso
Demonstração de quem perdeu o que jamais ganhou
Nas recordações de um insigne amor
Lembranças de tudo que poderia ter vivido e nunca viveu
Enquanto os pássaros se rendem a suave canção
A musicalidade toa à tristeza refletida na alma
De quem num dado momento da vida, compadeceu
Olhando o sol se pôr no alto da colinha
Morre o entardecer...
A noite cai e ressurge a esperança em um
novo dia
Desejos que o sol possa apontar iluminando novas paisagens
E que a vida refaça os caminhos com outro desígnio
Que o jardim florido exale o perfume da mais bela flor
E na concepção de um incrédulo, renasçam
floridas imagens
Que não permita jamais enterrar os anelos de um sonhador
Enquanto um sorriso desfalece em seus anseios
Renasce outro sorriso.
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