André
Luiz de Oliveira Pinheiro
Rio de Janeiro / RJ
Ao Dia da Terra
Da lua... Vestiram-te de azul
Daqui, nas cinzas te entrevejo...
É magma teu interior
Queimado no fogo benfazejo...
Eu vejo tua verde esperança
No mar, na floresta, na criança
O teu olhar no homem que lanças
E não te cansas de lhe esperar...
Mas, vai o homem em um caminho
Caminha numa larga demora
Unido à ambição, sozinho
Em cada aurora desarvora...!
Expele em teus vulcões os gritos!
Pranteias chuvas em tempestades...
Mas, faz também as belas tardes
Às noites sofridas dos aflitos...!
À noite a lua abre um sorriso
Crescente luar à madrugada...
Vem no sereno um raio preciso
Aurora na lágrima levada...
Tu és tão grande e tão pequena
Ao Homem imenso coração
Botão de flor azulada apenas
Na leira imensa da amplidão...
Mas, foste criada como um lar
Ao filho, ao pai e ao avô...
Ó Terra! Teus filhos vão te amar
Assim que matarem o “oposto amor”.
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