Neri França Fornari Bocchese
Pato Branco / PR

Em cada manhã gelada

Diferente, o arzinho frio.
Para tantos, uma delícia
Vento gelado, um acalanto.

Em cada tempo, o renovar
O ciclo da vida, perceber,
O ressurgir da brotação.
À espera de mais um verão.
Para a alma acarinhar.

O vento Minuano, assobiando
Na simbiose de tanta vivência,
Os raios solares, se escondendo.
Na cozinha de chão, a cantoria.
Em volta do fogão de lenha, o chimarrão,
Mais o sapeco de pinhão.

Oh! Frio do meu Brasil
Cobrindo de gelo, os pagos do Sul.
Até o quero-quero saltitando
Com a beleza da neve, extasiado.

No calor de uma lareira
Bebericando, vinho especial,
Ouvindo, o crepitar das chamas,
Sempre, um grande cerimonial.
Na ciranda do céu cor de anil,
Para então reviver emoções,
Em cada manhã gelada!