Valter Rodrigues Cavalcante
São João do Piauí / PI

 

Sonhos irreais

 

Sonhos que rasgam as películas e penetram nos campos magnéticos
Entrando em outros mundos irreais, que confundem até os céticos
Sonhos que me fazem ser, erótico, exótico ou melodramático
Sonhos que me fazem confuso, complicado e burocrático.

Sonhos que se vão, depois de acordar com a melancolia
De saber que aquele amor platônico deixa minha alma vazia
Pois este amor está em um mundo irreal do subconsciente
Que aperta o meu coração e queima como fogo ardente.

Oh, dor insensata que me corrói e aos pouco me mata
Vem raio de trovão penetra o chão e o meu corpo arrebata
Ou então, que todo o oceano passe pelo meu coração
Lavando e levando o sonho que me deixa assim sem ação.

Que sonho é esse que vem e me domina rasgando a minh’alma
Depois vai embora, e pula fora, me deixando com trauma
Agora tenho medo de deitar dormir e sonhar e acordar
E mais uma vez perceber que este sonho me fez chorar.

 

 

 

 
 
Poema publicado no livro "Livro de Ouro da Poesia Brasileira Contemporânea" - Agosto de 2017