San Cardoso
São Paulo / SP

 

Nômade

 

O poeta está morto e com ele sopra o pó da areia,
além das áridas dunas do deserto através da poeira do tempo...
Entre as nuvens de areia, perambulando, lá vai o nômade...
Sob o vento a soprar forte um gosto amargo de tristeza...
Palavras perdidas no tempo, onde as areias esvoaçam da ampulheta quebrada, que, sopradas pelo vento dissolveram o castelo
de areia onde moravam os meus sonhos...
O poeta está morto e com ele sopra o pó da areia
além das áridas dunas do deserto, através da poeira do tempo...

 

 

 

 
 
Poema publicado na "Nós & Eles "- Edição Especial - Janeiro de 2017