Rubens Alves Ferreira
Taguatinga / DF

 

"34"

 

Tal alvoroço faz ver que é por ela
O foguear percipiente da pele nua.
Como copo de leite, a imagem dela,
Banha-se com mesuras de clara lua.

Desperta volúpia... tudo que é “Ela”
Mosaico de beleza, algo magistral.
Em simbiose cega ao qual se atrela
Brinda hormônios com corpo astral.

Lança suas armas de dotes naturais
Passeando versos livres em recital
Contando caracteres e tudo o mais.

Qual rebento, a beleza sorve tempo
Fausto tempo em sua sanha capital:
Haurir incólume... deslumbramento.

 

"Uma vez afastada a ignorância, cessa o deslumbramento." (Spinoza).

 

 

 

 
 
Poema publicado na "Nós & Eles "- Edição Especial - Janeiro de 2017