Roberto Antonio Deitos
Cascavel / PR

 

Desencantos

 

Encantos desencantados perdidos nos lados
Laterais transversais colossais sais mais
Menos que um zero feito economia na conta
Planos nacionais canos saldos contas
Passadas e refeitas defeitos dejetos somados
Na soma a conta irreal o futuro paga oneroso.

Desencantam sonhos universos perdidos
O que sobra da soma da miséria
Uma conta vencida uma fatura forjada
Uma soma nação vendida por menos
Penando passado presente retardado
Nação embelezada utensílios estragados
Cruzam infindáveis estatísticas requentadas.

Riquezas pesadas acumulação indigesta
Perversa crise criada nação sangra o povo
Corteja a desgraça satiriza o povo maltrata
Maltrata trabalhadores sangria sangra sangue
Sangra quem vive sangra a vida verte
Desfeito gesto sobra migalhas disputadas
No movimento desconexo o nexo plexo
Explora mora a moral do capital devora
No canto da saída sumiu o labirinto achado
O corpo dói na saída do tempo que se esconde
Além da vida não há futuro se a dor não passa
A alma lateja como ferida aberta em lágrimas
Derramadas lavam caminhos abrindo trincheiras
!

 

 

 
 
Poema publicado na "Nós & Eles "- Edição Especial - Janeiro de 2017