Lígia de Oliveira Braga
Jaboatão dos Guararapes / PE

 

Solidão

 

Às vezes de dentro pra fora
Em nós pode estar
Outras vezes de fora pra dentro
Pode se externar

Uns dizem que dói
Outros nem conseguem sentir
Surge em qualquer horário
Ou em lugar nenhum

Quanto mais se reclama
Mais cresce tomando espaço
E nunca adoece
É forte como aço

Mas não como palhaço
Que faz sorrir
A solidão faz chorar
E pode até dominar

Então o que fazer contra ela?
Não permita que ela se instale
Vai que ela se abriga
E nunca mais se resvale

 

 
 
Poema publicado na "Nós & Eles "- Edição Especial - Janeiro de 2017