André Luiz de Oliveira Pinheiro
Rio de Janeiro / RJ

 

 

Mãos...

 


São as mãos, hábeis mãos, ou mãos vazias
Cheias de luto, mortas, ou zelosas
São mãos de motosserras ou de rosas
Calosas mãos de arados ou mãos frias...

São mãos pelos abraços poderosas
Cerradas mãos sem paz destroem dias
Mãos que acolhem, escrevem poesias
São ambidestras mãos laboriosas...

Nas mãos de caviar sem repartir
São mãos que amputadas no porvir
Mãos que serão um dia dor em prantos...

Mãos silenciosas, pão para doar
São caridosas mãos de se amar
Se hoje impuras, amanhã dos santos..
.

 

 

 




Poema publicado no livro "Novamente o amor"- Edição 2020 - Agosto de 2020

Visitei a Antologia on line da CBJE e estou recomendando a você.
Anote camarabrasileira.com.br/nova20-017.html e recomende os amigos