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Rozelene Furtado de Lima
Teresópolis / RJ

 


Sem moldes

 

Sem modelar, ama-me como sou.
Sem dominar, não impeça meu voo.
Por que cortar minhas asas?
Usando moldes ultrapassados,
Cheios de teias de amargura
Como papéis velhos guardados,
Que perderam as belas texturas.
Por que empanar minha ilusão?
Se vamos aquecer o mesmo ninho,
Dedilhando uma só canção
Plena de paz e muito carinho.
Minha alma é simples e nua
Meu coração é terno e inocente
Meu céu tem sol, estrelas e lua.
Creio no amor transparente,
Que dissolve a insegurança do ser
Como lágrimas aperoladas
Encontradas nas conchas do prazer.
Acredito também: na alegria e na tristeza,
Que a felicidade vivida a dois aumenta,
Que a cumplicidade é fortaleza,
Que a água da chuva é benta,
Que amar é compartilhar história.
Aliança-me para ser seu par,
Juntos derrubaremos qualquer divisória.
Mas deixa minhas asas livres pra eu voar!
Pois a moldura onde você quer me prender
É tão pequena!
Só cabe a sombra do meu ser.

 
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Livro de Ouro da Poesia Brasileira Contemporânea - Edição 2009