Primeira vez neste site? Então
[clique aqui]
para conhecer um pouco da CBJE
Antologias: atendimento@camarabrasileira.com
Produção de livros: cbje@globo.com
Contato por telefone
Antologias:
(21) 3393 2163
Produção de livros:
(21) 3547 2163
(21) 3186 7547

Alberto Magno Ribeiro Montes
Belo Horizonte / MG

 

Estouro de boiada


E lá vai o boiadeiro
Viandante, andante, caminhante
Que de dia, prossegue ao som do berrante
E à noite, se embala ao toque da viola.

Viagem longa…dia curto
E o gado, à margem da estrada
Rumina tristezas vãs.

De repente, ao longe…
A poeira do estouro da boiada
Se levanta no céu límpido desses sertões
E por instantes interrompe a jornada
Para a apreciação do espetáculo.

Boiada estourada é boiada viva!
Estragos fez por onde passou:
Muitas mortes não ressuscitadas
Pois Madalena, a santa boiadeira, não apareceu
Com seu berrante ressuscitador.

Ao pé da serra, numa casinha branca
Pobre mãe esperançosa
Espera o filho amado, que nunca vem.

E lá vai o boiadeiro
Após ter deixado em casa
O rascunho de sua poesia.

 

 
 
Poema publicado no "Livro de Ouro da Poesia Brasileira" - Junho de 2016