Ismar Carpenter Becker
Rio de Janeiro / RJ

 

Geleiras da solidão

 

Geleiras da solidão
Imponentes e solitárias
Açoitadas por ventos antárticos
Maltratadas e assoladas pela neve eterna
Geleiras da solidão petrificando corações que jamais pulsarão
Num mar de gelo o silêncio
Impera ao sabor das ondas gélidas
Energia que movimenta moinhos quixotescos
Na esperança de chegar a algum lugar
Geleiras da solidão duras em suas rochas negras de escura alma
Já caminhando rumo ao infinito do universo
Solidão gélida que não deslumbra mais o horizonte na imensidão branca
E o silêncio é a regra
Geleiras da solidão em terras tropicais que resistem ao sol austral.

 

 

 

 
 
Poema publicado no livro "E por falar em saudade..."- Edição Especial - Abril de 2017