Zulmar Tamburu
São Paulo / SP

A cada poema

Cada poema que nasce
É como um diamante a lapidar
O poeta se refugia no seu pensar
Para melhor elaborar o que está a brotar
Compõe frases e torna a reescrevê-las
Com o intento de apresentar o melhor
A cada texto sente plena realização
Mas é curto seu momento de emoção
Ao encantamento de um poema acabado
Vem o fervilhar de novas composições
Ele parece viver em constantes reflexões
Quisera ele escrever tudo o que tem a dizer
Sem medo de expor seu modo de ser
Sabe que o poeta é um ser solitário
Que vive escravo do seu intenso criar
Mesmo que tenha a quem amar
Seu coração muitas vezes está a chorar
Diz ter liberdade para ir aonde quer
Mesmo acorrentado ao seu modo de expressar
Mas em tudo isso uma coisa é real
Quando diz viver intensamente seu mundo interior
Amando, odiando, feliz ou triste
Esse é o verdadeiro poeta.