Roberto Antonio Deitos
Cascavel / PR
O trabalhador
Já não há mais direitos...
Justiça nunca houve;
O que que há agora é destino
Incerto e futuro suprimido.
Já não há mais porta-vozes;
O trabalhador caminha solitário,
A dor na noite
Esconde,
A voz já não diz
Embargada.
Já lhe tiraram
O tempo.
Já lhe compraram
As mãos.
Já lhe adoeceram
O corpo.
Agora querem
Lhe consumir
A vida.
(Em canalhices parceladas,
Em ritual miserável,
Preparam o seu ato fúnebre.)
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