Wagner Dias de Souza
Rio de Janeiro / RJ

Viva a vida

 

 

Não falo de morte
Onde enxergo vida
Por trás do corpo que morre
Viceja a luz da alma infinda

Que sobe leve rumo ao norte
Feito bola colorida, gasosa, bendita,
Destemida, para o cego horizonte
Deixando saudade após a partida

Cicatrizada ferida de tanta desdita
Em lugar do ódio de outrora
Renascido amor que agora vigora

Ontem a dor da evadida nódoa
Hoje a rosa mais esplendorosa
No reencontro com a viva vida.

 

 

 
 
Poema publicado no livro "Versos que não se calam"- Edição Especial - Janeiro de 2017