Rozelene Furtado de Lima
Teresópolis / RJ

Só ternura, obrigada minha mãe

De todos os papéis que exerci até hoje nos cenários da vida, passando por diversos
ciclos intransferíveis da evolução etária o personagem que nunca mudou em mim,
independente de qualquer situação, em todas as etapas cheias ou vazias é o de ser mãe.
A mulher fica mais poderosa, mais forte, mais tudo com ousadia e confiança. A mulher
mãe fica mais perto de Deus e recebe uma tonelada de dons que antes não conhecia e
desperta novos neurônios.
Quando nasceu essa mãe em mim ela ficou para sempre. Como disse o poeta Coelho
Neto “Ser mãe é padecer no paraíso”, outro poeta disse: “Ser mãe é viver se culpando”.
Para mim ser mãe é viver com os pés no céu. A maternidade desperta quando a menina
nasce, ela já começa a amar a mãe, a sentir a proteção do colo materno. A mãe é reflexo
para a filha.
A maternidade pode ser imaginada, mas é incomparável e indescritível, para saber o
que é tem que ser vivida. O amor incondicional é verdadeiro é maternal. É uma soma de
alegrias, esperanças, lágrimas, surtos, perdões, entregas, muitas orações, bênçãos e tudo
regado com amor. Não existe sacrifício o que existe é paciência e doação.
Esse é o amor eterno é para sempre, está na alma feminina. O eu mãe fica presente
na vida inteira dos filhos. Tem uma amiga que uma vez numa hora difícil me disse o
seguinte: quando se perde uma mãe ganha-se uma intercessora no céu.
Minha mãe foi a melhor mãe do mundo, teve onze gestações, amamentou os onze
filhos, educou, dou sua vida pelos filhos, criativa, resistente, poderosa, cheia de ternura, de sonhos, de amor, de fé e de luz. Faleceu aos noventa e um anos de idade e faz muita falta.
Se todas as mulheres soubessem que são entregues a elas a tarefa sublime de continuar a criação e cultivar a vida não teríamos tantas crianças abandonadas. O que une
mães e filhos é um sentimento envolvente, o amor infinito.

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Seleção de alguns poemas sobre mãe.
“Renovadora e reveladora do mundo
A humanidade se renova no teu ventre” Cora Coralina

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“Na barriga da mãe não se tece apenas um corpo./Fabrica-se a alma” (Mia Couto)

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“Bendita seja a Mãe que te gerou/ Bendito o leite que te fez crescer/
Bendito o berço aonde te embalou/ A tua ama, pra te adormecer!” (Florbela Espanca)

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“{...} teu nome eu trago, mãe, na palma da minha mão’. (Sérgio Capparelli)
Mãe, deu-me teu ventre/ Eu te dou meu coração/ Unidas no amor (Rozelene F.)
Teu ventre meu ninho/ Teu templo meu coração/ O amor nossa vida(Rozelene F.)
Fui criado no escuro/ No silêncio do teu ventre/ Deu-me a vida e luz (Rozelene F.)
O som mais divino/ Pronúncia cheia de amor/ Palavra mamãe (Rozelene F.)