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Lucia Celeste Vasconcelos Barbetta
Rio de Janeiro / RJ

 

Franzino



Era pequeno, muito franzino
Cabeça grande, cambito fino
Olhando a lua via o destino.
Serei honesto, cheio de amor.
Serei gari ou professor,
Um homem bom, trabalhador.
A esperança era o seu hino

Quando uma nuvem trouxe o escuro
Rapidamente saltou o muro
E foi pra longe da sua praça
Muita esperteza, raça e fumaça

Hoje ele mente, não estudou
Faz falcatruas, bebe um horror!
Nunca trabalha e engordou.
Honestidade foi esquecida
Gaba-se muito da nova vida
O seu sucesso não tem medida.

Embriagado, com desatino
Ele do alto do seu caixote
Quando discursa entoa forte um novo hino.
Grita pras massas:
Eu tenho barba!
Eu sou Jesus!
Eu sou Divino!

Poesia publicada na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Vol. 72 - Dezembro de 2010