Maria Ioneida de Lima Braga
Niterói / RJ

 

Viver



No silêncio vindo da janela.
Olho as flores...
E o colorido de todos os odores.
Murmuram à minha vida gasta... Desperta - te.
Vive e basta!

E uma lágrima doce com disfarce.
Sorri tímida... E chega à juventude
Mas o Divã em contraponto à saudade.
Galopa...

E a essência que resiste ao tempo.
Pronta escuta.
A vida é curta, esvazia a bagagem.
A vida passa, não passa pela vida.
A esperança é um gole de chá quente.
Esquenta os lábios..
E quando escorre garganta a dentro e percorre o corpo.
Anima ao direito às batalhas...

Então a alegria degusta cheiros.
E o presente na brisa suave em arrepios de abraço.
Sopra em meu ouvido “O futuro não existe”
A explosão fremente rasga os velhos retratos.
E parto para a vida.