Odair
Ribeiro
Imbituba
/ SC
Descansa,
deita!
Entrei
na encruzilhada da morte.
O capeta não encontrei
Então me perguntei:
Onde é que vou morrer?
Entrei
na encruzilhada da vida
São Pedro não estava a me esperar
Então me perguntei:
Onde é que vou morar?
Entrei
na encruzilhada do tédio
Encontrei tristeza e solidão
Mais para o lado vi um caixão
Desta vida esse é o remédio?
Entrei
na encruzilhada do amor
Vi sorrisos alegres esperança
Animais humanos e crianças
Sarcasticamente sorrindo a dor
Entrei
na encruzilhada do ódio
A morte na espreita
Igual uma velha amiga disse:
Vem, dorme, aqui é o fim, descansa, deita!