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Odair Ribeiro
Imbituba / SC

 

Descansa, deita!



Entrei na encruzilhada da morte.
O capeta não encontrei
Então me perguntei:
Onde é que vou morrer?

Entrei na encruzilhada da vida
São Pedro não estava a me esperar
Então me perguntei:
Onde é que vou morar?

Entrei na encruzilhada do tédio
Encontrei tristeza e solidão
Mais para o lado vi um caixão
Desta vida esse é o remédio?

Entrei na encruzilhada do amor
Vi sorrisos alegres esperança
Animais humanos e crianças
Sarcasticamente sorrindo a dor

Entrei na encruzilhada do ódio
A morte na espreita
Igual uma velha amiga disse:
Vem, dorme, aqui é o fim, descansa, deita!


Poesia publicada na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Vol. 72 - Dezembro de 2010