Edmilson
Soares dos Anjos
São
Paulo / SP
Ele,
porém, dormia
Devasta a tempestade. Assola o furacão.
Lamenta a humanidade. E treme o coração.
No mar encapelado, se assusta o pescador.
Mas dorme sossegado, Jesus Nosso Senhor.
A
alma em sua faina com vela e cordoalha.
O vento nunca amaina. O esforço sempre falha.
No mar assim revolto, nas águas do terror,
Um dorme a sono solto, Jesus Nosso Senhor.
A
alma desanima no meio do alvoroço.
A dúvida domina. A fé é seu destroço.
Ao mar que se intumesce, suplanto em desamor.
Incomodo com uma prece o sono do Senhor.
Que
a paz do ser divino se espalhe na minha alma.
Ao baque do destino interponha a sua calma.
Que no mar da violência ao frágil viajor
Proteja a paciência de Jesus Nosso Senhor.