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Nelma Lima e Silva Campos
Belém / PA

 

Eles dormem ainda



As tecnologias nos cercam
Por mais que não queiramos
A interação acontece
Seja de forma presente, Seja virtual
O encontro com o outro acontece
Mas como encontrar sem perceber o outro?
Pessoas sofrem, pessoas choram
Como não ser solidário?!
Como não se sensibilizar
Com a necessidade do outro?!
Enquanto quem está ao lado
Nada percebe
Pessoas do outro lado do mundo unem-se para ajudar...
Mas, como compreender o fenômeno da insensibilidade que se cristaliza
Em alguns corações?
Busca-se compreender,
Compreender, entender...
Somente se chega a uma única conclusão: Eles dormem ainda...
Passam pela vida... Visando apenas a si mesmos
Suas necessidades, Suas dores, Seus sonhos, Seus desafios e desafetos,
Porém, dormem...
Para a vida em coletividade, para a dor do semelhante, para a solidariedade!
Despertem!!!
Seria bom dizer, mas de nada adianta
Cada qual tem seu próprio tempo para despertar para a vida.
É assim que acontece
O despertar de cada um obedece a tempos individuais
A vida é como é
Ponto.

Poesia publicada na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Vol. 72 - Dezembro de 2010