Cristiano
Mathias da Silva
Rio
de Janeiro / RJ
Compondo
Ouvindo, verso ignoto,
teu lamento em rimas desoladas,
sibila de dor em cada palavra.
Contemplando
tua métrica enclausurada e impotente
em sílabas manietadas.
Sorvendo
teu lirismo, viagem profana nos braços
do turíbulo opiáceo.
Degustando
teu pesar no canto de cada estrofe.
Tateando
teu enredo, tal esquife da musa amada.
Devaneei.
Chorei.
Ponto final.
Acabado.