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Luzia Magalhães Cardoso
Rio de Janeiro / RJ

 

Degredo

 

Oh, desprezo que me açoita,
desfolhando-me aos olhos tantos,
e deixa minha alma à própria sorte,
contorcendo-se em desencanto.

Oh, desprezo, peço-te anistia
cabisbaixam-me os reversos.
Ferem-me, cruéis, as noites frias,
escurraçam-me os versos.

Oh, desprezo, também é meu sangue,
em vermelho tão escuro,
o que sai da artéria para a tela
e extrapola tantos muros.

Oh, desprezo tenhas dó,
sou apenas nota humana
de uma pauta aparente,
entre linhas tão insanas.

Ah, mas se as brumas não permitirem
que minha luz tu vejas ao dia,
seguirei por entre trevas,
numa eterna travessia.

E irei sempre em frente,
subvertendo a poesia.


 

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Poesia publicada na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Vol. 77 - Maio de 2011