Joice Souza Martins Santos
Salvador / BA
Contradições de um Eu
Enquanto caminhas trilhando passo a passo
Um “Eu” automático,
Escondido nos tons acinzentados e acidentados
Pertencentes e pertinentes ao senso comum,
Busca respostas no mundo sensível das palavras.
Enquanto caminhas, incessantemente, nas veredas da ilusão
Da perfeição nas feições,
Nas batidas vazias de sentido,
Vê-se, por vezes, embriagado nas entrelinhas da sensibilidade.
Sustenta-se na aparência d’uma rocha impenetrável,
Ações de substância heterogênea,
Livre de qualquer indício de emoções que extravasem
Uma lógica (re)criada,
Através de um ciclo-vicioso e distante d’alma.
Para no fim, enfim, diagnosticar,
Na solidão das multidões,
Um “eu” (des) manchado,
Nos azuis, entre o branco-amarelado,
D’uma folha qualquer.
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