Paulo Tavares
Miguel Alves / PI


 

Meu balancinho

 

 

Na imensidão azul do mar
E na alva espuma de suas ondas
Sentado em um balancinho de cordas
Quero todos os meus sonhos embalar

Me vejo criança, descalço e sozinho
Brincando na areia, suor escorrendo
O sentido viaja pensando em você
Mas não vejo ninguém no meu balancinho

O mar continua ao murmúrio do vento
Que vai e que vem sem medo, sem nada
E aqui eu parado no meu desalento

Adeus meu mar, revolto e bravio
Até outro encontro, só Deus saberá
Quando sonhando, verei outro mar!

 

 

 

 

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 175 - Setembro de 2019