Neri França Fornari Bocchese
Pato Branco / PR
Um abraço fraterno
A criança, sem preconceitos
De alma pura é cândida.
Até que vai sendo minada
Pela discriminação dos adultos.
Já de corrompida vivência
Lentamente, impõe hostilidade.
No estudo da Vida, a inferioridade
Ficou com o branco,
Que pouco a pouco desbotou
O Sol, em exuberância faltou
A pele, o vigor perdeu,
O cabelo, enfraqueceu.
Os olhos clarearam
Esqueceram a nobreza.
Deixaram de ser irmãos
Embora, na essência o sejam
Do mesmo barro, surgiram.
Mais pobre se fez a humanidade,
Ficou sem a grandeza,
Se tornou agressiva
Deixou de ser acolhedora.
Brancos, negros ou amarelos
Todos filhos, da mesma Mãe Terra.
Todos ao pó, irão voltar
E, terão a mesma tonalidade
Em cinzas, vão se transformar.
Uma única cor, iguais, vão permanecer.
Para todo o sempre prevalecer!