Rozelene Furtado de Lima
Teresópolis / RJ

 



O parto da saudade

De você ficou única imagem
A mão acenando adeus
Nem me lembro dos beijos seus
Com a lua cheia na paisagem
Carícias em meu corpo inteiro
Calafrios com pelos eriçados
Toques com som compassado
Dedilhados com sabor e cheiro
Nem me recordo das noites frias
Aquecia minha pele tal cobertor
Tempos cultivando o nosso amor
Generosos momentos de ousadia
Busca intensa do completo inusitado
De joelhos em oração subordinada
Ritmo alucinante da raiz quadrada
Zero escassez, prazer ilimitado
Agora é aceitar que
A mesma mão que acena massageia
Que há mágoa na boca que fala de amor
Apequenando o romance causando dor
A nuvem negra obscurece a lua cheia
Adeus é dividir amor na metade
O descarte das emoções vividas
O nascimento da poesia concebida
É contração do parto da saudade

 





 
Poema publicado no Livro "Assim se faz poesia"
Novembro de 2022

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Novembro de 2022

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