João Riél de Oliveira Brito
Porto Alegre / RS

 

 

Abro a porta

 

 


Abro a porta do meu quarto e vejo falenas
Que um dia voaram, mas não voam mais
Morreram todos seus casulos e como tais
Findaram-se como final de um poema

Fecho a porta minha mão é como algema
Que se prende nos suportes de castiçais
Sofro e meu sofrer se resume em pena
Quebrado feito pedras em vitrais

Abri e fechei portas e há poucas horas ...
Busquei me igualar nas evidências
Tentando inexistir com a existência

Saiba que o tempo é uma porta, veja agora.
Sendo preciso manter esta porta fechada
Para que nossa vivência não seja acabada.

 

 

 





Poema publicado no livro "É tempo de Amar".
Edição 2021 - Junho de 2021

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