André Luiz de Oliveira Pinheiro
Rio de Janeiro / RJ

 

Serei(a)...

 

Serei(a) vida nesse mar imenso
Serei(a)tento a lua ao navegar
Serei(a)lento a escuridão do mar
Serei(a)fim do canto teu suspenso...

Serei(a)não! Mergulho, mas não penso
Serei(a) mão... Para acariciar
Serei(a)dão ao céu para te amar
Serei(a)mor, de mar a mar intenso...

Então, pergunto: em que mar perdi?
O amor que ajunto, dádiva pra ti?...
Serei, Sereia, eu a tua lenda,

E meu soneto o canto que soneto
No barco, pensamento meu, quieto
Sem ter sintaxe que mais me prenda...

 

 

 

 

 

 
 
Poema publicado no livro "Versos nossos que vencem as Severinas" - Março de 2018