André Luiz de Oliveira Pinheiro
Rio de Janeiro / RJ

 

 

 

Casa


Ó músculos de concreto, esqueleto de ferro
A carne de argamassa, a pele sua pintura
As rugas pelo tempo em cada rachadura.
Meus sentimentos nela sob o chão enterro...

Ó casa cujos olhos nas manhãs descerro
Teu coração é a televisão que não me cura
De onde emoções oferta a quem procura,
Mas que não pulsa a verdade que eu espero...

Com veias de eletrodutos, sangue elétrico
Permite a vida em cada espaço geométrico,
Que quando o sol se põe acende a fria luz...

Ó casa, corpo morto, mas que é o habitar
Nos sangues verdadeiros, conhecido lar
Das almas, cada uma com a sua cruz...

 

 

 

 




Poema publicado no livro "Tão simples, tão fortes"- Edição 2020 - Agosto de 2020

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